sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

ugh

tem um buraquinho em cima da caixa de descarga da privada e essa semana por acaso caiu da trepadeira (que tá emaranhada na janela do banheiro) uma folha, em cima do buraquinho. toda vez que eu dou descarga a folha desce sendo puxada um pouco, e sobe de volta dando umas tremidinhas.

eu não sei se eu queria estar aqui de novo mas cá estou. eu queria escrever umas coisas boas aqui as vezes mas acho que quando a gente tá feliz a gente só quer aproveitar o momento, quando a gente tá tentando ser feliz a gente tá se esforçando muito e esquece de falar sobre o caminho, mas quando a gente desiste é quando as palavras tristes, o peito pesado e a mente nublada aparecem.

hoje em dia eu sei que todo esse pesar é a depressão, que veio se emaranhado na minha vida aos pouquinhos enquanto eu tomava consciência de mim mesma, desde que eu era só uma criança chorona. tem um nome agora né, e teoricamente também tem remédio, mas tem dias que nem com o remédio tem funcionado. é tudo dor e vazio e vontade de ir embora.
eu tento não deixar a peteca cair e até agora eu tô ganhando pq ela caiu tão pouco que deve ultrapassar só um tanto a quantidade de dedos das mãos (e nos pés talvez). tá dando certo, eu sei que tá, os dias de dor eu consigo fingir e fingir ainda é alguma coisa, da quase pra sentir a experiência da coisa verdadeira, da quase pra ir dormir de cabeça tranquila, e da quase pra passar despercebido das pessoas.
ah, pô, eu acho que eu tô mandando bem. vai ficar tudo bem. 
mas pq esse vazio tem que ser tão profundo? tão distante de tudo, é como se eu estivesse anestesiada e a soca que vem não tem força pra me machucar mas os dias quentinhos e tranquilos também não tem mais importância.
eu queria chorar, mas eu acho que eu tô tão anestesiada que chorar pra mim virou uma fantasia, um recurso, não é mais catártico e parece só que eu estou constantemente me furando com uma agulha só pra ver sangue escorrendo, não tem mais sentido, e além de tudo o choro também não explica pras pessoas o quanto aqui dentro tá quebrado e revirado, parece de verdade uma cena, e não transmite a verdade que é só um pouco da dor vazando pra fora.

mas é isso, coisas boas tão acontecendo mas muitas coisas ruins também estão.
eu voltei pra faculdade, talvez haja futuro pro nosso coven, eu meio que tô trabalhando, mas tudo isso tem a contrapartida né, a faculdade é muito desafiadora, o coven tá andando a passos muito vagarosos e esteve em perigo muitas vezes de se romper, eu tô trabalhando com André, que é tóxico pra mim em toda oportunidade que ele tem, e também tô recebendo muito pouco.
tem os pequenos deleites, eu estou sendo bem tratada pelo rapaz que eu ando saindo, um freela que caiu do céu, minha avó viajando, a pintinha e os gatos todos. são coisas que me ajudam a não me perder nesse momento super atordoado.

eu sei lá pq eu tô escrevendo aqui, tá tudo doendo, meu corpo tá um caos, minha mente tá um lixo, minha espiritualidade parece que houve um abandono recíproco, mas eu acho que algum dia longe daqui eu vou poder voltar e ler e ver que isso passou, que os problemões acabaram perdendo a importância, que isso tudo fez parte do meu desenvolvimento de personagem, e eu espero de verdade estar em um lugar melhor que, se é que a minha situação agora me permite algum sentimento, esse aqui agora, onde eu só tô me sentindo uma palhaça largada no vento o tempo inteiro.

Jayna do futuro, por favor esteja num lugar melhor, faça esse desterro todo valer a pena. não desiste, uma hora as coisas tem que dar bom. 

quarta-feira, 2 de março de 2022

 would this be a ray of sunlight through clouds in dark skies or a flash of lightning before the storm hits

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Bandrui

 I could see your eyes in the shadows

and hear your voice through the breeze

something in my mind says I won't be hearing it for anytime sooner or glancing through those mirrors of me

wish I could spend the day just listening to the birds chirping

but they all flew away, maybe hiding from the storm

it was never warm in here but now it's so damn cold

I already regret it, i don't know why i showed someone something so frail but how was i supposed to know it was that damaged?

the sun is so high but still everything is silent, the breeze have stopped, the clouds are in my mind

I can't see a path and all is clear now. the trail is wrecked, your voice is long gone, and i am certainly lost.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

aaaaa

Nessa foto eu tenho o que eu considerava meus três bebês felinos, filhos mesmo, junto de Gabriel que tava recém recuperando da pneumonia que ele teve em 2019. Eu tirei essa foto num momento bem feliz pq ele tinha finalmente voltado pra casa e os três tavam com saudades dele e finalmente os três se deram bem por um dia e ficaram na cama por um motivo em comum.
O meu objetivo com essa postagem, além de me lembrar desse momento feliz, é lembrar também que dois deles foram embora ano passado e eu queria falar um pouquinho sobre eles, pq eu acho que se eu não falar sobre eles eu posso acabar explodindo, e eu prefiro falar bastante pra daqui a uns anos ou décadas eu lembrar de como era forte meu amor por esses bebês e o quanto tudo isso me afetou.
Yang era o meu parceiro pra todas as horas, quando ele se foi eu senti uma solidão tão imensa que eu ainda sinto até hoje. Era o gato que dormia todas as noites comigo, que me acompanhava nas horas de tristeza e felicidade. Eu olhava sempre nos olhos dele e sabia que as coisas ficariam bem eventualmente, ele também me olhava com um quê de que sabia o que eu tava passando e por isso ele vinha me dar suporte. Pra algumas pessoas isso pode até parecer maluquice de repente mas gato tem disso, eu sei que eles sentem o que a gente passa, assim como quando a gente convive muito com eles a gente sabe ler a linguagem deles também e as coisas ficam mais fáceis de se passar pq rola essa conversa sem palavras né, as vezes era muito o que eu precisava. Acho que não as vezes, quase sempre. Ele tinha um miado muito único quando me chamava, e mesmo que ele já tenha ido a algum tempo, é um miado inesquecível pra mim, foram quase 13 anos convivendo, e é um miado que eu sinto muita falta hoje em dia. Quando ele se foi eu perdi o meu chão, perdi um pedaço de mim e foi horrível. Não foi de repente, não aconteceu sem dar sinais, ele já era um gato renal a um tempo bem curtinho mas nós sabíamos as consequências que isso podia trazer tanto pro bem estar dele quanto ao tempinho de vida dele que poderia ser reduzido ou não, pq a gente tinha bastante esperança e de fato ele deu uma melhorada BOA antes de ir. Mas acabou indo. Partiu o coração de cada membro da nossa família e de nossos amigos e conhecidos que o conheceram também pq ele era esse gato que distribuía amor para quem quer que fosse.
Lori foi diferente pq eu lutei pela vida dele desde o minuto que eu o encontrei. Mamãe passou por um processo bem parecido quando encontrou Yang e os irmãos dele numa caixinha no meio da chuva. Quem conheceu ele sabe que ele teve um início de vida muito difícil, eu o encontrei com duas semanas de vida com uma pata cortada, por gente mesmo. Cheio de larva e ovo de mosca num dia quente pra caralho e o que o salvou foi que ele tinha um gogó de aço e eu consegui encontrar antes que as larvas fizessem um estrago maior nele. Consegui limpar ele de tudo com muito custo e muita dor no coração pq ele era tão bebê e ele gritava tanto.... Passou um dia inteiro dormindo depois disso. A gente dava leite na mamadeira pra ele, trocava curativo todos os dias e eventualmente ele foi crescendo e se adaptando a uma vida sem patinha. Todos os dias eu procurava por ele antes de dormir pra botar ele dentro do meu quarto e saber que ele tava seguro, mas então começaram a nascer gatinhos filhotes aqui em casa e ele detestava, era ciumentissimo e bem violento perto de gatos novos, ele não agredia e nem nada assim, só não gostava deles e ai de quem (humano) estivesse por perto quando ele descobrisse filhote novo na casa. Ele foi muito mimado por mim, acho que o único da casa que foi mimado demais por mim, e isso deixou ele com um temperamento péssimo mas mesmo assim ele ainda era um neném com a gente. Não podia ver o colo dando mole que ele subia pra mamar na própria patinha no colo de quem quer que fosse. Ele eu perdi muito rápido e sem perceber. Numa noite que ele não foi encontrado, nós deixamos pra procurar na manhã seguinte por ele, e descobrimos que ele tinha fugido pra rua e cachorros tinham atacado ele. Já o encontramos sem vida. Na hora eu acho que não bateu muito bem o que tinha acontecido e talvez eu tivesse até esperanças de que não fosse ele (o estado estava péssimo, quase que irreconhecível), mas o tempo foi passando e eu tinha flashbacks e uma culpa tão grande de não ter ido procurar por ele mais cedo, eu fiquei um lixo. Ele se foi no dia 5 de dezembro e no dia 5 de janeiro parecia que a morte dele tinha acontecido no dia anterior e não um mês antes, agora que o dia cinco de fevereiro tá chegando, parece que foi a quase uma semana atrás. As vezes eu me pergunto ainda se realmente era ele, mesmo sabendo que era sim. As vezes eu ainda vou na piscina, que era onde ele tinha escolhido pra morar por ter menos trânsito de gatos, e acho que vou encontrar ele lá deitadinho, ou que vou estar ali na cozinha e ele vai virar a esquina da varanda me olhando com aqueles olhões de cobra assassina que ele tinha, ou que vou encontrar ele deitado na grama e vou poder deitar de novo em cima dele só pra implicar. Lori, ou larisso, ou Ivar, soluço, Corisco, bebéu, apesar de ter a sede de mil demônios ainda era um bebezinho muito amável e tinha ainda muito o que viver e experiências pra partilhar, por isso a morte dele desceu em mim igual uma marreta e eu tô até agora tentando encontrar o caminho de volta pra normalidade.
Eu sei que isso deve ser muito diferente de se perder um filho, eu não imagino o inferno que deve ser, de verdade, não quero ter que passar por isso nunca e quero que Miguel viva bem mais do que eu pra não ter que passar por isso, mas essas dores que eu tive nesses últimos meses, sonhar com eles, acordar com eles sendo o primeiro pensamento do dia e ir dormir com eles sendo o último pensamento antes de ir dormir é uma barra muito difícil de aguentar. Não tem um dia que passe que eu não pense neles dois e na falta que eles fazem e na dor que ainda sinto. Penso nas boas lembranças também, mas acho que ainda é muito cedo pra ter só as boas atreladas ao pensamento a respeito deles.
E é isso eu acho haha

domingo, 4 de outubro de 2020

É, talvez eu seja muito merda mesmo.

Escrevendo aqui pq ngm lê essa bosta mesmo e se for em qualquer outro lugar vai todo mundo cair em cima e perguntar se tô bem ou me olhar condescendentemente, não é isso q eu quero, só quero lembrar lá pra frente quando eu olhar pra cá que hoje eu descobri que só pode ser isso, que eu seja tão merda desse jeito como todo mundo pinta, como eu me pinto, como eu me vejo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

aaaaaaa a a a a

Então, sobre bichos eu tava com um projeto de criar ratos de novo. Eu caguei absolutamente tudo quando eu tive ratos pq as info que eu tinha da internet de criação eram todas cagadas e eu acabei perdendo todos eles. Na época foi muito doloroso, eu tava meio que na boca do poço aquele tempo eu foi a gota d'água pra eu desistir de ter, mas recentemente eu comecei a pesquisar tudo de novo, cheguei a novas conclusões, fiquei empolgada e tava naquele ritmo louco meu de querer concluir logo esse projeto, já tava cheia de anotação, site a mão, contato de vets de animais silvestres e tudo mais e aí Yang morreu.
Já tem um tempo mas só agora que tô conseguindo sei lá, não chorar quando eu lembro dele, de pensar que eu podia ter feito mais e isso foi um baque bem profundo pra mim, choquei totalmente pq minhas habilidades de cuidar de bichos de repente foi colocada a prova e eu perdi, foi esse o pensamento que marcou, e eu acabei perdendo o meu maior companheiro e na minha cabeça só gritava constantemente que eu podia ter feito mais, que eu devia ter dinheiro guardado, que eu devia ter cuidado melhor, que eu podia ser rica e bom, isso miou tudo né. Eu odeio esse role de ficar me culpando pq sempre acabo caindo num lugar mais difícil de manejar, acabo deixando responsabilidades de lado e isso não agrega em nada na minha vida nem no entorno e eu desisti de ter ratos. É mais uma responsabilidade que eu não poderia deixar de lado, foi demais pra mim.

Daí hoje recebi uma mensagem da loja que eu encomendei a gaiola a um mês atrás dizendo que ela já tinha ido pra transportadora e eu pensei puta que pariu eu ja tava nesse nível, eu gastei uma grana que eu não podia ter gastado, e agora?
Bom e agora já foi. Talvez eu faça planos melhores pro futuro de repente. Mas um futuro possivelmente distante, não quero pensar nisso agora pq a minha cabeça voa num instante e eu não quero planejar nada sem cabeça pra isso.

Foto do meu bb shamino que eu to morrendo de saudades 💚