quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano que é ano bom só termina na merda.

Sabe pq eu não vejo o menor sentido em comemorar a passagem de tempo aleatoriamente? Eu não vejo motivo pra ficar contente em cima da celebração constante dos outros ficando felizes do nada por porra nenhuma. Por um motivo pra beber. Na verdade o que eu mais queria de ano novo era não ter que pisar na porra do meu orgulho quando as pessoas perguntam se tá tudo bem e eu sou obrigada a dizer que sim pelo convívio ou pela facilidade para os outros. Eu estou me sentindo um verdadeiro pedaço de merda e eu não consigo me ver mais frustrada com as coisas como eu estou hoje. Nesse momento da minha vida. Com as coisas que tem acontecido nos últimos tempos. E sabe o que é mais engraçado? Ninguém liga! Ninguém mesmo, isso é uma bosta que tá só na minha cabeça e ninguém se preocupa com isso além de mim. Posso ter parte da culpa por não escancarar o que eu estou sentindo na hora que eu estou sentindo, mas a minha vida é um livro aberto. Todos sabem o que tem acontecido e como cada parte da minha vida tá se desenvolvendo pra um estágio de merda cada vez mais elevado. Mas quem liga?
Hoje, o que eu queria era suporte. Se náo havia suporte, me bastava sossego. Mas não há. E foda-se, aparentemente. Não é? Por quanto tempo eu ainda vou servir de degrau pros outros eu não sei, só sei que não dá mais, eu não estou aguentando. Eu cansei. E ainda tem toda a barra que resta pra eu segurar. Foda-se Jayna. Né? Bora entrar nessa roda então, vamos ver quanto tempo eu ainda consigo suportar.
Dia 31, saldo: três horas concluídas de sono no total. Dois kiwis consumidos, um torsilax, cinco xícaras de café, uma infinidade de cafés e um trabalho para entregar no dia cinco. Inconcluido. Doses altíssimas de nego montando nas costas.  Várias porções de babaquice gratuita e desnecessária e um sentimento de que vão continuar cagando a jaca que cagaram desde o início. Feliz ano novo cristão.

domingo, 27 de dezembro de 2015

(postagem móvel) Princípios para acreditar em relacionamentos outra vez:

Aos homens e mulheres que decidirem me amar ou descobrir que me amam.


- Fireworks.

- Admirar a porra de um amanhecer de verdade. As cores, a ausencia de som, o sossego, a brisa, a vontade súbita de beber (café, whisky, alguma coisa forte de verdade, mesmo frio ou passado, como o café das duas da manhã). Não precisa ser silencioso. Apesar de ser um momento sagrado, qualquer coisa fica boa ao amanhecer. Menos sexo. Sexo quas enunca fica bom ao amanhecer, o amanhecer é contemplativo.

- Não precisa necessariamente fumar, mas gostaria de alguem que não se importasse com o meu jeito de lidar com as coisas. Alguem que não me condenasse ou jogasse as coisas na cara, e o cigarro costuma ser uma porta aberta para isso começar.

- Bom, beber é quase obrigatório, minhas melhores conversas começam quando eu perco as travas e as pessoas acreditam que não sou louca, e eu só começo a fazer sentido pra alguns nesse momento (fora que prefiro não me sentir abobada por estar bêbada sozinha, não sou muito fã dessas histórias vergonhosas em lone wolf mode).

- Drogas: amiga, você é melhor que isso. Existem limites por aí, e por aí eu quero dizer bem aqui.

- Não acho necessário worshipar gatos, mas os ame. Eu os amo. Ame da sua maneira as coisas que eu amo. É bonito e legal.

- Me respeite como mãe. Meu filho vem em primeiro lugar, sempre. Eu amo mais a minha família do que você, ou o amo tanto quanto (e isso inclui William).

- Eu escuto musica estranha. Eu vou te apresentar musicas estranhas. Deal with it. Aliás, sendo completamente sincera, eu vou te encher o saco com as minhas músicas. eu sou chata e insistente e ainda teimosa pra cacete, e eu espero que você não me odeie por isso. Mas se me odiar, me deixe saber. Prefiro entender o motivo de você ir embora.

- Entenda a minha dureza aqui e sempre. Eu cansei de me decepcionar com as pessoas. Machuca muito e eu nunca estou pronta, eu sempre coloco expectativas demais em tudo e eu só posso culpar a mim mesma no final, e isso não é nada legal. Eu vou terminar com a caveça enfiada num buraco até o “período de luto” terminar e um monte de gente vir me sacudir até eu encontrar razão pra não achar que a culpa é minha. Isso se eu contar aguma coisa que faça sentido pra alguem, ou alguma coisa at all.

- O tempo não existe. A gente envelhece, as coisas passam, o ciclo é esse e a roda gira.

- Entenda que a morte pra mim é um assunto recente e muito dolorido. A indelicadeza me fere de modo geral pq eu sou maluca, eu me machuco com as menores coisas, os menores detalhes, a frieza, a indiferença, a distração em um momento importante, e eu entendo que sou assim, delicada, sensivel e chorona, mas tem coisas que em alguns momentos me machucam profudamente e dói PRA CARALHO. São coisas que você não vai entender pq é difícil até pra mim entender. Eu realmente não sei se sinto diferente, mas eu nunca vi ninguem ter as mesmas coisas que eu, e a partir de agora eu não quero mergulhar em relacionamentos rasos, eu NÃO SUPORTO MAIS o raso. O raso fere meu ego e eu acho que necessito de alguem que entenda quando eu olhar desesperadamente para a coisa mais boba e falar a coisa mais sem sentido do universo, pq pra mim faz sentido. Eu tenho insights. Eu sou um ser humano pensante, não falo só coisas sem sentido. E não custa nada você mergulhar um pouco na minha profundidade e entender quando eu digo coisas sem palavras, ou tentar entender, ou me perguntar se posso tentar fazer mais um pouquinho de sentido de um jeito não agressivo. Eu acho que não custa nada. Eu sou uma pessoa diposta a fazer todo o tipo de sacrifício por você, se eu o tenho no meu coração, e coisas pequenas assim não são grandes sacrifícios. Então compreenda que um assunto tão bobo quanto a morte pode me deixar trancada dentro de mim mesma por um bom tempo, mesmo que eu não aparente. Mesmo que tudo pareça ok por fora. Eu sei maquiar tristeza com as coisas quando quero. E a morte em um plano real é um dos assuntos que em nenhum momento vai me agradar de qualquer manheira. Não é um assunto proibido, mas é um assunto muito cretino pra mim (não cretino da sua parte, é um assunto cretino para a minha compreensão).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A Trapezista do Circo ♓

Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase, cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre. Era outra vez, outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou a cidade era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo, e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista. Veio falar comigo uma moça do circo que era a domadora, era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível. Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando. A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí, eu vi que eu estava sozinha.

Antônio Bivar

Eita, mas o blog fez sete anos e eu nem vi. hahahahhaha