sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Double double trouble you, bubble in a witches' brew

Uma vez eu assisti ou li em algum lugar que quando você pensa em um  demônio, imediatamente ele está ao seu lado.
Não tem muitos anos, eu acho que namorava higor quando fui acometida por essa informação e eu fiquei assustada. Não assustada "apavorada", foi uma coisa que me deu um frio na espinha, e eu fiquei com essa parada presa em mim até hoje.
Só que eu não consigo lembrar o que foi que bateu para eu me lembrar disso, mas acho que consigo perceber a evolução dentro de mim no momento que essa memória já tão apagadinha veio e eu imediatamente pensei "minha nossa, mas demônios são carentes" e ri feito uma boba dentro do ônibus.
Acho que eu mesma soltei um demônio de dentro de mim e nem percebi hahaha.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

塵に過ぎない僕は塵に返る

Eu quero muito escrever hoje. Muito. Hoje é um dos dias mais incríveis da minha vida, de uma das semanas mais incríveis da minha vida e eu quero deixar bem claro aqui o quanto eu tô feliz e com o peito tranquilo e coisas boas, mas pra mim é incrivelmente difícil escrever sobre a felicidade. É um sentimento complicado na minha vida, eu não sei se uso sossego como referencia a ele, ou se são a mesma coisa, mas o que eu posso dizer é que meu coração tá sossegado. E que hoje foi um dia bom.


Acho que é possível usar essa musica pra descrever as ondas do inferno colidindo nas paredes de dentro da minha caixa torácica hahaha.
Hoje é realmente um dia muito bom.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Oh man!

'Cause I wrote it ten times or more 
It's about to be writ again 
As I ask you to focus on...

Nas minhas andanças musicais de pré-adolescencia e adolescencia e o fanatismo com Moulin Rouge e todo o caô interno que eu tive na época do filme (que abraçou a trama, a cultura, as músicas, as adaptações, o drama, o figurino, a fotografia, os atores e tudo mais), eu dei de cara com o David Bowie duas vezes. Contando a minha pré adolescencia musicalmente enriquecida de Nirvana a Isabella Taviani hahaha posso contar quatro ou cinco musicas do David Bowie, e estaria mentindo se dissesse que não sei o motivo, porque eu sei. A minha fase musical mais calma veio em meados de 2006 com Depeche Mode e New Order (adolescencia show da menina virada pro canto no meio da sala cheia), e aí eu jpa tinha esquecido da existencia dele. Vez ou outra tinha alguns perdidos na playlist como Under Pressure, The Man Who Sold The World e Ziggy Stardust, mas nunca passou disso. Recentemente que vim a dar de cara outra vez com Life On Mars?, aquela mesma musica que eu ria do video e achava engraçada a levada da musica. Mas daí em American Horror Story. Achei engraçadinho de cara um cover tão bacana com a Jessica Lange maravilhosa cantando e ficou tão legal e... QUE PORRA DE LETRA É ESSA? Eu levei logo um soco bem entre os olhos e outro entre os peitos. Life On Mars? Dirige a minha vida desde que eu me entendo como gente. Essa caricatura da menina vendo os ciclos da vida terminando e recomeçando com o mesmo pano de fundo, as mesmas tramas, ligeiros detalhes de alteração. Esse dilema da mãe prender em casa, o pai ser a válvula de escape. E no meio disso tudo, ela, sozinha, tentando interromper tudo pra que tudo tome um rumo diferente e todos a silenciando hahahha É muito claro que a letra não fala especificamente sobre isso, mas o baque inicial foi esse e eu em choque. Petrificada. E analisando todos os pontos da minha vida. Nesse dia eu tive uma longa e problemática catarse sobre os ciclos que vão e vem, e sobre me libertar de viver a mesma história todas as vezes, como aqueles fantasmas lagados vivendo o momento da morte. Estou caminhando por momentos bons da vida e vamos ver como as coisas vão andar.

Mas o que eu realmente gostaria de dizer é que a vida é mesmo tão bonita e colorida quanto dizem, e eu preciso parar para usar minha visão periférica e olhar para o que tá acontecendo do lado ou desfocar do angulo que eu tô acostumada. 


(perdi o foco e fiquei feliz antes de terminar o texto HAHAHA)



:D


(prefiro continuar feliz e depois eu escrevo o que eu perdi)

sábado, 23 de janeiro de 2016

I was here for a moment, then i was gone.


É. A sorte tem umas horas muito estranhas pra virar.
Pendant deux minutes, ou mieux, pendant dix jours ma paix régnait.
Bienvenue à la maison, l'insécurité, la tristesse, coup de poing dans le poumon.
Peut-être ce week-end est l'étreinte que je devais mettre mes trains sur les rails.
Qui il serait si elle était pas Jayna?





Red Paper Lanterns

Eu acabei de ter um insight muito bobo e importante que eu não quero perder.
Depois de tanto tempo de worlds apart de outras pessoas, eu acho que eu não só quero como eu devo e preciso ficar sozinha. Depois de tanto tempo me doando pra tanta gente a minha estrutura e a minha essencia praticamente de jogaram pela janela e se despediram. Eu não sei como eu vou viver, não sei nem como ainda vivo, com outras pessoas sem me auto-destruir de um jeito que não tenha mais volta.
Sinceramente não quero me tornar uma pessoa instrospectiva, mas olhando por esse lado, eu não sei me desvencilhar de pessoas entrando em mim pra bagunçar e jogar as coisas fora. Eu inda preciso arrumar uma medida pra que isso funcione, mas por enquanto eu acho que é isso. Que o grosso da solução é isso.
Acho engraçado, esse assunto me abordou de um jeito engraçado durante a semana inteira e o que precisava era de um fluxo pra externalização.

Pois então, durante a semana, a minha conversa e o meu papo bobo com todo mundo que me pergunta as coisas ou aborda o assunto em algum momento tem sido sobre eu não fazer mais sexo ou beijar as pessoas por aí. Além do que foi comentado ali em cima sobre gente me bagunçando e jogando a mobilia fora, eu realmente não sinto mais vontade. Pode ser que eu esteja me tornando mais desapegada de algumas coisas e isso pra mim tem sido essencial por enquanto. Hoje conversei mais claramente sobre me contentar em olhar pra pessoas que acho interessantes ou bonitas e pensar em dar um abraço nelas e só, e que isso tem me bastado tranquilamente. Conversamos na quinta em sala de aula sobre o significado real da expressão "amor platônico" e sobre a existencia dele apenas no mundo das idéias, fugindo ao toque, longe do mundo da sensibilidade e esse assunto me apeteceu e alimentou essa constância na minha vida de um jeito prazeroso que eu prefiro que a vida continue assim durante essas bagunças da faculdade.

Η Σελήνη και οι Πλειάδες έδυσαν,
είναι μεσάνυχτα· εποχή, ώρα, νιότη
παρέρχονται κι εγώ κοιμάμαι μόνη.
Aqui faço das palavras de Safo, as minhas próprias.
(Valeu Adalberto!)

Além disso, penso que peco apenas por me abrir, por me expor. Mas que sentido existe em deixar que me busquem por infinidades e estradas tortuosas se posso estar aqui com tudo isso nas mãos? Por qual motivo eu criaria problemas para me acessarem? É um jogo que eu prefiro não jogar. Não há nada que possam me fazer de mal por saberem logo quem sou. Digo que é um trabalho árduo trazer pouca porcentagem do que existe dentro de mim para o plano real, mas é um trabalho que faço sorrindo por não me custar. As pessoas hoje almejam o prazer da busca, o caminho, a estrada, mas eu não sei fazer isso. Não me cai bem isso. Sou uma pessoa fácil se buscarem por minhas minúcias, que é algo que eu não posso colocar na bandeja. Mas sou difícil. Sou acessível e completamente inacessível ao mesmo tempo. Não preciso de arreios por conhecer os limites, não preciso de um líder pois conheço o meu caminho, e não preciso que me instruam de maneira alguma. Eu peço, mas eu sei. O que realmente machuca e me impede é a insegurança, a indecisão, o medo pelo outro, de machucar o outro, de provocar algum sentimento ruim de alguma maneira.

E a grande questão do que me machuca não sei se chega a ser sobrecarga de alguma maneira, mas o que me afeta diretamente é a constante falta de atenção dentro de casa para os meus problemas. Eu tenho poucos problemas atualmente, mas esses poucos são esquecidos no momento em que eu tenho que colocar tudo de lado pra amparar alguem que precisa e as vezes a minha unica necessidade é externar o que eu estou sentindo, pra ver se machuca menos (naquela mesma história de dar força ao demônio, mas no caso é ao contrário, sobre tirar a força dele), pra ver se dando nome aos bois eles se afastam e vão embora, ou se fica mais simples, por que as vezes eu só tenho uma massa gigante de confusão dentro de mim por não conseguir nomear, jogar fora, entender, resolver, e isso prende pra burro! Mas a partir do momento em que eu coloco pra fora e o indivíduo no qual eu escolhi e aceitou receber essa carga, esse peso, deixa de escutar, abstrai ou muda de assunto, o ato se torna meaningless. Tudo volta. Eu volto, inclusive. Inteira pra dentro de mim. Ainda trago mais algo pra dentro, que é essa sensação de incapacidade de me fazer entender, se ser incompreensiva a esse ponto. Na verdade eu creio que o que eu falo não se vale. Se perde. Pouquíssimas vezes eu pude notar que vale.
Por isso me sinto tão... indefesa. Perdida. Insegura.
Frágil.


Life's a gun that's always pointing/Life's a gun that's pointing in my face

Não vou facilitar e ser bonitinha e dizer que tá tudo um amor, não tá, mas eu não gosto de externar as coisas por um medo bobo de que se botar pra fora estarei dando força pro demônio.
Acho que tá tudo caindo aos pedaços aqui na minha frente, e as coisas também estão se reconstruindo e se firmando, o que significa que estou passando por um momento bom e pacífico na minha vida, sem conflitos e murros internos, com a mente clara e pacífica. Só que, eu estou uma bomba de influencias, uma bomba de empatia, uma bomba de alguma coisa que machuca, fere, vem de fora e entra, se instala e deixa a mente fugir enquanto / Não dá. Tá difícil. Não sei o que escrever e nem o que falar. Não existem palavras que descrevam como tá machucando, tudo que ta machucando. Não sei de onde tá vindo, mas parece que tá me arrastando no asfalto quente, na parede de chapisco, martelando pregos no meu cranio. E eu me perdi. Aqui dentro, mas eu me perdi. E tá tudo pacífico, bem e eu me sabotando mais uma vez.
Tomara que passe logo

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