sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ars Moriendi


Ok, informação desnecessária, mas meu blog, meu diário, minha vida, basicamente tudo aqui é o que faz parte de mim, e eu me sinto mais confortável em escrever e colocar pra fora de alguma maneira para quem se importa ler (se não se importa, não estaria aqui, né?)
Pois então, eu acho que tenho problemas com sexo. Desde que eu descobri o hpv eu parei de fazer sexo. Pode ser que isso tenha haver com mais coisas como ter perdido a confiança em outras pessoas, essa coisa esquisita que eu tô de sair de casa (dor de cabeça, náuseas, vertigem). Mas eu me expressei mal, o que eu quis dizer é que eu me sinto mal desde que parei de fazer sexo. As coisas a minha volta estão tomando proporções absurdas no quesito "merda para todos os cantos". E desde que esse tratamento começou a dar certo, e isso tá indo embora de mim, eu tô encarando as coisas de maneira maneira mais positiva, meu humor tem melhorado bastante, hoje eu queria ir pra rua de qualquer maneira pra beber, festejar com meus amigos ou gente nova. Mas então, hoje mesmo, quando fui ao banheiro, eu lembrei que ainda tava lá. E aí eu fiquei em casa.
Eu fico louca, descabelada, ouvindo musica experimental, triste e sozinha ou alegre e eufórica por nada, e o meu quarto tá uma bagunça todos os dias, com restos de comida pra cá, uma porção de copos, todos os bichos que eu posso trazer pra dentro daqui eu trago, e eu fico nesse vai e vem de loucura, pra lá e pra cá, sem saber como é, se vai dar certo ficar flutuando desse jeito. Ao mesmo tempo em que nada na minha vida tem dado certo aonde tem que dar, na base, nas estruturas, como família, emprego, faculdade. Meus amigos tem ido embora aos poucos, e isso por essa personalidade nublada e introspectiva que eu acabei assumindo sem perceber. Nem vontade de sair e beber eu tenho mais. Acabo me sentindo um fiasco.
Eu tento me convencer que não, esse período celibático tem me feito bem e continuará fazendo, mas à menor luz de uma brecha, eu já saio voando que nem uma mariposa louca, batendo a cara em todos os cantos até eu me controlar sozinha (eu me sinto extremamente revoltada e odiosa se outra pessoa, mesmo que não seja de fora da minha vida pessoal tenta controlar isso em mim, eu odeio). Eu sinto que vou enlouquecer aos poucos. A minha cabeça dá giros que são fora do comum, eu penso em coisas absurdas, e eu realmente acho que isso pode ser dignamente comparável a sindromes de abstinencia.
Eu acho que só precisava externar isso mesmo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eu vou acabar escrevendo um manual sobre como lidar comigo sem destruir o que resta de sanidade em mim. Ah se eu vou.
Cara. Nunca me deixe desamparada, nunca me deixe ser a ultima a saber, e principalmente, nunca me deixe ser a ultima a saber e ter que descobrir com um soco no meio da cara. Se você não ta mais afim de mim, ou se você tem algum tipo de problema comigo e você não sabe como resolver esse problema, fale comigo. Você pode procurar a ajuda dos meus amigos se eu estiver pouco receptiva, mas mesmo que seus ânimos se acalmem ou suas dúvidas desapareçam, fale comigo. Eu sei, melhor do que ninguém, como lidar comigo mesma. Eu sei quem eu sou, e eu sei exatamente o que eu to sentindo no momento exato que eu estou sentindo, e comigo mão precisa de toda aquela conversa trivial do Será que é isso dai mesmo?.
E se eu estou com você, então eu estou OBVIAMENTE, com VOCÊ. E não com outra pessoa. Respeite isso. Tenha isso em mente. Pq se eu faço isso por você, eu não posso esperar mais do que o mínimo de volta, e é bem obvio que eu vou ficar chateada/puta se isso não for acontecer.
Se você realmente está afim de mim, me procure. Pq eu te procuro. Se eu parei de procurar, é pq eu acho que acabou o seu interesse. Quem me conhece, sabe que eu sou chata e perturbo all The time, que eu não paro de encher o saco dos outros quando eu to afim. Eu vou atrás, eu faço sacrifícios, eu dou presentes. E se eu achar que não ta valendo a pena, eu vou parar de te procurar. Mas vou parar pq mesmo tendo essa auto estima de lixo que eu tenho, eu ainda acho que eu tenho um certo valor. O que não impede você de vir atrás de mim um pouquinho nessa sua vida. Eu fico tão puta na mesma velocidade que eu me desemputeço. Então não testem a minha paciência, e se testarem, beleza, corram atrás do prejuízo.
Existem coisas imperdoáveis pra mim. Mentir e eu descobrir, por exemplo. Se você tem um motivo muito bom pra isso, ok. Se não, cara, pq? Na boa? Eu sou otaria, caio nas lorotas, mas me deixa com a pulga atrás do orelha só. Eu tenho um fato, não muito aguçado, pra gente que mente. E mentiu uma vez, morreu a minha confiança. Não que eu planeje isso, mas eu nunca mais vou acreditar no que você me diz sem antes pensar duas vezes se é verdade ou não. Você me largou aqui na esprança de uma parada válida, maquinando nossa vida juntos, o nome dos nossos filhos, a cor do nosso casamento, e vazou sem nem se despedir direito? Eu acho que eu sou um pouquinho melhor do que isso pra aturar atitude de moleque de marmanjo barbado. Drogas: use-as com moderação e sabedoria. Odeio gente bêbada. Odeio gente chapada demais. Odeio gente trincando. E odeio ser trocada por essa merda que ta só te destruindo por um prazer que no máximo dura alguma horas. E na verdade, eu odeio ser abandonada em geral. Pq foder é muito bom, mas arcar com as consequencias de uma garota retardada apaixonadinha por voce, é difícil demais. E o pior, dizer SE TOCA, SAI DAQUI, também é difícil demais, por isso é bem mais fácil sustentar essa fodinha fácil, ou sustentar esse alvo de vomito verborragico emocional, ou mesmo essa menina tatuada e alternativa aqui do meu lado. Se for pra isso que você ta comigo, me deixa avisada, ok? Eu vou saber me preparar melhor quando as coisas sumirem DO NADA na minha vida.
Um dos piores sentimentos de todos é se sentir completamente descartável. E é assim que eu me sinto em 85% dos meus relacionamentos. Tipo, acabaram meus beneficios, vou meter o pé aqui antes que alguém perceba.
Isso foi uma boa primeira parte. Quando eu ficar mais calma, escrevo uma continuação.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

引き裂かれた日々の"空下”で"サイワイ”は鳴る
その 正義が望んだ"楽園”に”サイワイ”は鳴る
日々は"与えられた”のか?"奪われた” の か?
明日の夢を見た時
そのは"決まっているんだ”
ふと 頭を、よぎる
そんな言葉もあった
僕はいないことに なっていた
僕はいないことになっていた
僕はいないことになっていた
あなたも僕がいたこと覚えていなかった

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

I cant see your face in my mind.

Então, vamos lá, hoje é um dia reflexivo dessa minha nova vida. E como eu ouvi recentemente, quando você vai arrumar a sua casa, você deve tirar tudo do lugar pra poder limpar cada canto, e algumas vezes você pode encontrar algo podre que você vai limpar e assim continuar a sua faxina.
Hoje eu vou falar sobre os meus ex namorados e algumas coisas que fizeram da parte mais fraca de mim, mais vulnerável, e consequentemente mais forte, e cagando cada vez mais para a opinião do amiguinho, então se você tá aqui desavisado e lendo isso e pensando em palpitar sobre a minha vida, pense duas vezes, pois vai perder tempo.
Eu tive um namorado que era assim, um escroto. Mas era um cara escroto que com o passar dos anos, eu descobri que era um escroto inofensivo. Ele me fez chorar, ele me fez sentir mal sim, ele me traiu pra cacete a confiança, traiu o que eu acreditava ser o nosso relacionamento mas ok, ele me fez bem, eu gostava de amar alguem assim tão forte. E além do mais, ele era um cara muito inteligente, culto e tudo mais, e nós compartilhavamos dos mesmos interesses em várias áreas. Mas é, o primeiro idiota. Depois desse idiota, veio uma série de namorados, assim como o pai do meu filho e tudo mais, mas uma das pessoas interessantes é quem veio depois dele O (não quero mencionar nomes, não to muito afim de processo, mas quem me conhece, sabe exatamente de quem eu estou falando) Tal. Vamos chamar ele de Link. O Link foi um cara que eu gostei demais, que aliás eu sempre tive uma empatia por ele por eu conhece-lo desde que era bem criança na escola, e passamos dois anos longe (eu me mudei pra são paulo e blá) e voltamos a nos falar. Nós voltamos a ter contato próximo enquanto o Will tava em são paulo. Ele me procurava, e eu o procurava e era sempre bom, pouco depois que eu e william nos separamos, eu comecei a ter um relacionamento com esse garoto, pq mesmo ele sendo um bocadinho mais novo, ele conversava, e era uma pessoa divertida, que se interessava, que a gente trocava carinho e se entendia muito bem. As coisas eram bem problemáticas pq Mgl era muito bebê ainda, e a mãe dele não achava legal ele namorar uma garota com filho, ao mesmo tempo que eu tinha que trabalhar e quase a gente não saia, meio que virou um relacionamento de quintal de casa. Ele vinha pra cá, dormia aqui, passava o final de semana e me ajudou muito na crianção de Mgl. MAS. Ele se tornou agressivo verbalmente, a gente começou a brigar e não parou mais, e tranquilo, acontece, dois anos quase jogados na vala. Mas sério, beleza, até aí tudo bem. Eu amava esse garoto com tudo o que tinha em mim e fiquei muito magoada por as coisas terminarem assim, e eu não culpo só a ele, eu ficava estressada, e ele tava em cima de mim por tempo demais, eu acho que não há casal que aguente mesmo. ENTÃO. Ele disse que tinah cancer, e o meu mundo caiu. Um belo dia desmaiou na casa dos amigos, ficou desacordado um tempão e acordou sem sensibilidade na mão. E ele foi fazer tratamento no exterior, ele sumiu por um mês, me ligou no meu aniversário, e disse que estava em nova york, que me traria livros e até então eu era a pessoa mais culpada desse planeta. Até descobrir que ele na verdade estava no exercito. A gente acabou se distanciando até mesmo antes disso. Mas quando voltamos, ele em algum momento me contou a verdade, não me disse o pq mas também não precisava, ele era muito orgulhoso. Mas então, voltamos e as coisas estavam maravilhosas até tudo voltar ao que era no final. Terminamos uma outra vez, mas mantivemos contato,  logo assim ele fois estuprado no exercito. OI? Outra vez o meu mundo indo abaixo, mas com um tanto de cautela. O protocolo poderia estar seguindo outra vez. Mas tudo parecia verídico, tudo parecia isso mesmo, e realmente até hoje eu não sei se é verdade, mas realmente não parece ser, levando em consideração que isso já me aconteceu, pareceu uma chantagem com um ponto fraco e escroto. Beleza, comecei a sair com o segundo indivíduo, o senhor Brutus. Antes de eu sair com senhor Brutus, eu estava levando o Link na casa de um casal de amigos toda semana, e era isso a nossa vida até acabar outar vez. Mas o senhor Brutus chegou como não quer nada, me mandou um whatsapp (ele pe amigo do rapaz desse casal mencionado, melhor amigo, amigo de infancia, não me importo tanto realmente pra ficar repensando esses detalhes) perguntando se eu conhecia casas para alugar no engenho do mato, e eu caí nessa facilmente, e em pouco tempo a gente saiu, e saiu outra vez e as coisas iam bem, o sexo era ótimo, não o melhor do planeta, mas encaixava bem, ele era enorme de altura, um homem forte (não musculoso, mas forte, grande, tipo muralha, diferente do Link que era só alto e bem magro), ele era atencioso, gentil, acompanhava a cerveja, e era tudo ótimo. Começamos um relacionamento logo direcionado a casamento muito rapidamente, e a gente pesquisava casas pra gente se mudar, e tínhamos marcado o dia do casamento, tava todo mundo muito feliz pq ele era completamente desprendido de várias coisas, e ele era muito maduro, tinha/tem 28 anos, é um adulto, tem sua cabeça formada e tudo mais. Eu caí logo de cara por ele (mas essa série de decepções com o Link meio que pode ter ajudado bastante nessa queda repentina pelo Brutus, levando em consideração que quando estávamos pra terminar, tudo o que a gente falava era sobre se mudar pra longe e viver a NOSSA vida, que foi o que o Brutus prometeu logo de cara). E o nosso relacionamento estava sendo perfeito, a gente se gabava o tempo inteiro de não brigar, mas logo a gente começou e mal parou. A gente pedia desculpas, as coisas voltavam ao normal, mas tudo caía logo na discussão seguinte, e rolava toda uma cobrança de ambas as partes. El não gostava do meu emprego, e daí saiu do dele, e logo eu tava "sustentando" ele nas nossas saídas, e ele vivia na minha casa a semana inteira, e ele odiava meus amigos da faculdade e deixava isso bem claro pra quem quisesse ouvir. Mas quando as brigas ficaram mais intensas, eu não queria mais nem sair de casa, eu perdi o gosto por tudo, e a minha libido morreu. Ele conseguiu uma banda maneira que tem de tudo pra ir pra frente e ele conseguir seguir com essa carreira musical que ele quer seguir e tudo mais, e passava um tempão se dedicando a isso. Então estava tudo normal. Estávamos brigando sempre. Eu já não suportava olhar pra cara dele, mas dormir com ele, deitar na cama e sentir aquela segurança, era o que me acalmava, o que me deixava bem pra continuar tentando, e eu não ia dar o braço a torcer, não dessa vez, eu sempre dou o braço a torcer, e tava bem claro que aquilo era uma fase e que aquilo iria passar e ponto. E aí ele raspou a cabeça, uma parada que eu sempre disse que não ia ficar maneira, que ele mesmo concordava comigo, que ia ficar muito dificil de procurar emprego, que ele não ia mais conseguir várias coisas, e então nós brigamos muito e eu não consegui, eu pedi um tempo. E ele disse que não era homem de pedir tempo. Então eu terminei. Ele me ligou pra me esculachar. Ele falou pra minha avó que eu era uma vagabunda. Ele disse que minha mãe tinha jogado macumba pra gente terminar. Ele conversou com um amigo e disse coisas horríveis. E na sexta (terminamos na terça ou na quarta), conversamos. E as coisas se ajeitariam. E na segunda eu descobri que estava com hpv. E essa foi a gota d'agua. E EU JURO, JURO QUE EU CANSEI. CANSEI DE VERDADE DE TER O MEU CHÃO PARTIDO DIVERSAS VEZES. A MINHA VIDA ACABOU NAQUELE INSTANTE. Todos os meus relacionamentos problemáticos acabaram assim, eu passei por coisa demais, eu fui estuprada por um estranho, eu fui traída por quem eu confiava, eu fui estuprada por outra pessoa a quem eu confiava e passei semanas acordando com panico no meio da madrugada, eu fui abusada por outro namorado, eu fui abusada por um jardineiro quando eu tinha menos de dez anos, eu ouvi TANTA MERDA, MAS TANTA MERDA NA MINHA VIDA, que eu juro que eu já cansei disso de verdade. Eu perdi amigos, eu perdi os meus melhores amigos, eu perdi outros tipos de amigos, eu fui vandalizada por esses amigos, eu tive que ouvir, sério, de verdade, tanta coisa, que eu realmente devo ter uma força de vontade fora do normal pra viver assim. Eu ouvi gente dizer que eu fui uma piranha que foi pra outro estado com o dinheiro dele PRA DAR A BUNDA. UM SHOW DO ANGRA. DEUS. PQ ISSO ACONTECE? Eu ouvi merda de professores, eu tô aguentando uma barra do caralho na minha vida, e AGORA, somente AGORA as coisas parecem estar se encaminhando. Wu tomei uma senhora surra da minha mãe nessa segunda por causa da minha personalidade aluada, por ser idiota, por ser otária e insistir no meu própro erro. Eu tenho que aprender a largar de ser tão idiota assim, eu tenho que aprender pela força a confiar em mim mesma, a não me culpar pelo caralho do mal da humanidade, mas isso é tão dificil sabe? E eu luto contra isso, busco conforto em lugares vazios, e por tudo que é sagrado, eu encontro. Eu tenho encontrado gente maravilhosa, e manter a minah cabeça cheia tem funcionado como nunca. Então por favor, eu não aguneto mais ter a minha confiança partida em pedaços assim mais uma vez.

segunda-feira, 10 de março de 2014

gosto assim, quando vem tudo ao mesmo tempo, sem o menor pingo de sentido. deve ser bom pra parar e refletir, né? já que ninguém dá ouvido ao que eu tenho a dizer, então é melhor não dizer mais nada.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

E o medo vem como a palavra mais forte do meu 2014. Medo de falhar como mãe, como filha, como amiga. O medo tem vindo de todas as partes e tem encontrado cada partícula de sanidade que passe despercebida. Mas eu tenho certeza que com o que o destino me deu, com os amigos que eu fiz, os que cultivei, com as barreiras que tive que quebrar, os obstáculos que tive que superar, eu tenho o poder de controlar a minha vida, e crescer como um adulto respeitável pode não ser ta assustador como parece ser. Sei que eu passaria feliz de olhos bem fechados, como a maioria passa por esse processo de maturidade, mas eu infelizmente não consigo viver assim sem pensar antes no que pode vir, nas dificuldades do caminho. Eu sei que eu perdi muitas coisas importantes nesse caminho, gente muito importante, mas se um dia eu tiver a sorte de reencontrar o que perdi, sei que valerá a pena. E mesmo que eu não encontre, eu sou uma mulher forte, uma pessoa singular, e quem e o que eu precisar ter por perto, estará, e não por minha insistência em querer ser uma pessoa mais agradável aos outros, mas exatamente por ser eu, e as pessoas se contentarem com essa pessoa que sou. Eu não sei nem como eu poderia agradecer o que o destino tem me proporcionado, pois eu sei que em cada pedra, agora eu enxergo uma oportunidade de me superar, e em cada amigo eu vejo uma recompensa.