sábado, 28 de fevereiro de 2015

(Sideways falling
More will be revealed my friend)
Don't forget me I can't hide it
There's a match now let me light it

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ele voltou. Ele foi embora.


Foi o tempo de um mergulho, quando você enfia a cabeça embaixo da água do mar e você pensa em só deixar de existir. Em fundir com o mar. Mas daí tudo passa diante dos seus olhos, e de repente tudo fica mais difícil. A água gelada começa a entrar pela sua garganta, e você pensa que não vai ser difícil, todo o seu corpo já é água. Mas a sua garganta começa a arder e você já não enxerga mais com a vista embaçada, e você pensa que alguma coisa pior pode acontecer, como um bicho grande, um barco, pescadores, e tudo isso que pode acontecer e foge do seu controle. O seu corpo já está queimado pelas água-vivas, e você ainda tá preso naquela ideia egoísta de que você vai virar água, como se não houvesse mais gente no mundo, como se não houvesse mais gente que se importa, e de repente, sem que você perceba, você já está respirando do lado de fora, andando em direção a areia e ainda é difícil respirar, mas você deita na areia e sente que ela está aquecendo o seu corpo, e tudo isso já não passa de uma lembrança meio dolorida, uma lembrança que você sabe que você vai rir depois quando for abrir a caixa pra dar uma olhada e perceber que dentro dela já não existe mais uma coisa que vai te morder assim que você puxar a tampa, e sim um pequeno objeto inanimado que não evoluiu e nem regrediu, que parou exatamente no tempo. Você mal vai lembrar direito do quanto ardia sua garganta, nem de como você deixou de sentir os dedos do pé, o nariz e suas extremidades em geral. Você vai olhar, lembrar que nada ali pode te fazer mal, fechar a tampa, guardar mais uma vez, e seguir tranquila. Sem mordidas, arranhões ou se sentindo estúpida por ter mexido com uma criatura que está além do seu poder. Só o alívio nas marcas de cicatrizes de que vai ficar tudo bem mais uma vez, como sempre ficou. A vida vai continuar, e você vai se desembrenhar das vinhas e encontrar um caminho no meio da mata pra seguir segura até que tenha a oportunidade de aprender sobre novas ou velhas coisas mais uma vez.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Hoje eu acordei feliz

Medo, será? Eu odeio esse silêncio. Machuca de repente, muito pouco. E quando você vê, você já não entende como que abriu ferida. Mas ela ta lá te olhando, cheia de sangue.